A história de Dandara e Zumbi dos Palmares está relacionada com a resistência ao sistema escravocrata no Brasil e com a luta pela liberdade: figuras mais emblemáticas da resistência negra no Brasil, desempenharam um papel crucial na luta contra a escravidão e na defesa da liberdade do povo preto. Como líder no Quilombo dos Palmares, não apenas organizou e inspirou os habitantes do quilombo, mas também desafiou as estruturas opressoras da época, já que Dandara, sua esposa simbolizava a força e a coragem da mulher negra.
Relembrar nossa ancestralidade, representa uma rica herança cultural que remonta às tradições africanas, que foram preservadas e adaptadas no Brasil. Dandara é um exemplo de como as raízes africanas influenciaram a formação da identidade brasileira, contribuindo para a resistência cultural e social.
Reconhecer a importância de Dandara e de outras figuras históricas é fundamental para entender a trajetória do povo preto, suas lutas e conquistas. A valorização dessa ancestralidade é um passo essencial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a história e a cultura afro-brasileira sejam devidamente respeitadas e celebradas. Essa a importância de celebrar o dia 20 de novembro.
Em um mundo que ainda luta contra as desigualdades raciais, é fundamental reconhecer e celebrar as contribuições de figuras negras que, através da ciência, das artes e da literatura, têm moldado a sociedade. Essas vozes não apenas desafiam estereótipos, mas também iluminam o caminho para um futuro onde o respeito e a igualdade sejam uma realidade.
A ciência tem sido enriquecida por mentes brilhantes como a de Marie Maynard Daly, a primeira mulher negra a obter um doutorado em química nos Estados Unidos. Suas pesquisas sobre o colesterol e doenças cardíacas abriram novos caminhos na medicina. Kizzmekia Corbett, uma das cientistas por trás da vacina da COVID-19 da Moderna, é outro exemplo de como as mulheres negras estão na vanguarda da inovação científica, mostrando que a diversidade é essencial para o progresso.
Na arte, figuras como Tarsila do Amaral e Heitor dos Prazeres trouxeram à tona a riqueza da cultura afro-brasileira. Tarsila, com suas obras modernistas, e Heitor, através de sua música, celebraram a identidade brasileira, incorporando elementos africanos em suas criações. Essas expressões artísticas não apenas refletem a cultura, mas também a resistência e a resiliência de um povo.
Na literatura, autores como Conceição Evaristo e Machado de Assis têm sido fundamentais na construção de narrativas que abordam a experiência negra no Brasil. Evaristo, com sua prosa poética, e Machado, com suas críticas sociais, desafiam os leitores a refletirem sobre a realidade das populações marginalizadas. Suas obras são um convite à empatia e à compreensão.
A promoção de uma cultura antirracista é essencial para garantir que as vozes da periferia sejam ouvidas. É necessário dar espaço para que as expressões culturais afro-brasileiras sejam valorizadas e respeitadas. Isso inclui a música, a dança, o teatro e todas as formas de arte que emergem das comunidades, que são ricas em história e significado.
Vislumbrar um futuro onde o respeito e a igualdade sejam uma realidade requer um compromisso coletivo. É preciso educar e conscientizar sobre a importância da diversidade e da inclusão em todos os setores da sociedade. A valorização das contribuições de figuras negras é um passo crucial nesse processo.
Celebrar as conquistas de cientistas, artistas e escritores negros é mais do que uma homenagem; é uma necessidade. Ao reconhecer e respeitar a cultura afro-brasileira, estamos construindo um caminho para um futuro onde todos possam brilhar, independentemente de sua origem. A luta por igualdade e respeito é contínua, e cada voz conta nessa jornada. Que possamos, juntos, criar um mundo mais justo e inclusivo.
Texto por: Alê Alves